"O Partido Comunista confunde o direito de se manifestar com o direito de insultar. Não são a mesma coisa", disse José Sócrates aos jornalistas à margem do descerramento de uma placa comemorativa do lançamento da plataforma tecnológica de hidrogénio para produção de energia.
O primeiro-ministro reagia à presença de algumas dezenas de sindicalistas da Fenprof, enfermeiros e da União de Sindicatos de Coimbra que se deslocaram a Montemor-o-Velho para protestarem contra as declarações do primeiro-ministro, feitas no dia do professor, em que alegadamente José Sócrates terá dito que uma coisa são professores outra sindicalistas.
Face à concentração dos sindicalistas, elementos da GNR rodearam-nos com uma fita plástica tentando que permanecessem no local ao mesmo tempo que identificavam algumas pessoas.
Para o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, a actuação da GNR foi "completamente absurda e uma vergonha". Acrescentou que naquele local os que não aplaudiram o primeiro-ministro foram isolados pela GNR enquanto os que têm razões para aplaudir se podiam deslocar livremente.
"Fascismo nunca mais"
Momentos antes da chegada de José Sócrates, elementos da GNR retiraram aos sindicalistas uma faixa o que os levou a gritar palavras de ordem como "25 de Abril sempre - Fascismo nunca mais", ao mesmo tempo que apupavam a acção das forças de segurança.
Logo após a curta cerimónia de descerramento da placa comemorativa, José Sócrates disse não se sentir ofendido, alegando que esta acção é comum no Partido Comunista há 30 anos.
"O Partido Comunista não aprendeu nada, não evoluiu nada. Onde quer que eu vá fazem manifestações, utilizando os seus dirigentes sindicais", acrescentou.
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